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C L O W N [CCCLI]
 


De tal amar e nem se dar por menos,
talvez o humano peito não se canse,
já por querer guardar ao seu alcance
paixões e sentimentos mais amenos.
 


Um coração também assiste a lance
em que dele os acordes são venenos,
mas, tendo gestos nobres e serenos,
ele se esconde bem no seu romance.
 


Pois mago dos mistérios mais ocultos,
do peito à mesma caixa atura insultos
e se pranteia, já, de alguém à falta.
 


E, clown infausto, posto na berlinda,
por ti trejeita e canta e ri-se, ainda,

meu coração tão triste, na ribalta.

Fort., 15/08/2012.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 15/08/2012
Reeditado em 16/08/2012
Código do texto: T3831486
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