A Voz do Silêncio
A face cai na fresta da janela,
olhares se malogram para mim...
obsecrei tantos sonhos na aquarela...
...evaporou!... - Ó sorriso do jardim!
Hoje os perfumes são somente dela.
Tive todo teclado de marfim
a me contemplar nas flores da viela
que se perdeu na noite: — Foi o meu fim!
— Aqueça-me com dor que desalinha;
A trovoada chegou bem de mansinho...
No reflexo do espelho não há alguém!
No infinito entornou-se meu remédio
— Seja bendito fruto deste tédio;
A silhueta pousou no mais além!...
A face cai na fresta da janela,
olhares se malogram para mim...
obsecrei tantos sonhos na aquarela...
...evaporou!... - Ó sorriso do jardim!
Hoje os perfumes são somente dela.
Tive todo teclado de marfim
a me contemplar nas flores da viela
que se perdeu na noite: — Foi o meu fim!
— Aqueça-me com dor que desalinha;
A trovoada chegou bem de mansinho...
No reflexo do espelho não há alguém!
No infinito entornou-se meu remédio
— Seja bendito fruto deste tédio;
A silhueta pousou no mais além!...