CORPOS SIDÉRIOS
Pelas as dunas enlevadas de cristal,
A alma valente repousa menina,
Dencanso merecido aos que superam a sina,
Ao abandonar o corpo fragil, mortal.
Um mundo ao acordar ganha forma imaterial,
Onde aos poucos desfaz a leve neblina
E a hipnótica visão de areia alva,prata, fina
Brilha, descida das infinidades do espaço sideral.
No novo caminho a alma serena flutua
Com o sol na cabeça, pés acima da lua,
Sorvendo as cintilas dos corpos sidéreos.
Do ser renovado, a vida terrena é apagada,
Nas constelações milenares, inicia-se a nova jornada
Guiados por astros que cintilam os caminhos aéreos.