POR TI

Por ti a espera não adoece e não se cansa

Por te esperar sei que não cresce a crença

De que o esperar se resvale na descrença

E renovo os sonhos no vale da esperança

Se às vezes a ansiedade de pretensa

Renitente anunciando um ponto final

Vem me negar a esperança por sentença

Então vou recorrendo a cada tribunal

Ainda que prescrito apelo à rescisória

Sem perder dos recônditos da memória

O por quê do esperar que não reclamo

A razão, a emoção e a história inteira

Vou dizer de forma franca e verdadeira

Em teu ouvido, bem baixinho: eu te amo...

(Véspera de um ano sem teus olhos...)

Lobo da Madrugada
Enviado por Lobo da Madrugada em 14/02/2007
Reeditado em 18/02/2007
Código do texto: T381424
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