POR TI
Por ti a espera não adoece e não se cansa
Por te esperar sei que não cresce a crença
De que o esperar se resvale na descrença
E renovo os sonhos no vale da esperança
Se às vezes a ansiedade de pretensa
Renitente anunciando um ponto final
Vem me negar a esperança por sentença
Então vou recorrendo a cada tribunal
Ainda que prescrito apelo à rescisória
Sem perder dos recônditos da memória
O por quê do esperar que não reclamo
A razão, a emoção e a história inteira
Vou dizer de forma franca e verdadeira
Em teu ouvido, bem baixinho: eu te amo...
(Véspera de um ano sem teus olhos...)