DOIS POLOS

A vida se resplende se ridente,

sem medo à tempestade, sem rajadas

de sustos explodindo sóis da gente.

E anjinhos embalando fés aladas...

Viver o bom das tardes na pracinha...

Balão bem colorido solto aos ares...

Sorver o afeto todo que se aninha

nas graças de respeito pelos pares...

Mas me apavora a prava dualidade

da vida em tão despida realidade,

que beija, afaga e logo após, violenta.

Preciso aproveitar o alvor me dado,

pra não chorar o sol desperdiçado,

enquanto a tempestade se apresenta.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 01/08/2012
Código do texto: T3808299
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.