DOIS POLOS
A vida se resplende se ridente,
sem medo à tempestade, sem rajadas
de sustos explodindo sóis da gente.
E anjinhos embalando fés aladas...
Viver o bom das tardes na pracinha...
Balão bem colorido solto aos ares...
Sorver o afeto todo que se aninha
nas graças de respeito pelos pares...
Mas me apavora a prava dualidade
da vida em tão despida realidade,
que beija, afaga e logo após, violenta.
Preciso aproveitar o alvor me dado,
pra não chorar o sol desperdiçado,
enquanto a tempestade se apresenta.