AO VULTO DO VATE
Odir Milanez
Ele agora faz parte de meu culto,
das minhas rezas francas noite afora.
Eu sei que ele me escuta, embora oculto
pelas sombras das nuvens lá de fora.
Mentalizando o vate, eu, ao seu vulto,
sonetos canto (ouvi-los ele adora!).
Ao poeta imortal jamais sepulto:
ele vive em meus versos, como agora!
Fomos parceiros em poemas tantos,
cantamos dos amores as recusas,
choramos de saudade tantos prantos,
que me restaram páginas confusas.
Estão compostas, são d’amor os cantos,
mas sozinho não sei dar nome às musas!
JPessoa/PB
31.07.2012
oklima
Sou somente um escriba |