LUAS FRIAS

E chegará as minhas entranhas o inverno,

O corpo álgido não cantará gemido,

No abismo aguardado será esquecido

No sono sem sonho de aspecto terno.

Um novo mundo se mostrará fraterno,

Com luas frias de tom gelo embranquecido,

Em meio aos espaços infinitos,enegrecidos

Insurgirá minha alma no posto eterno.

No repouso pouco iluminado,

Lá estarei olhando as luas frias em frio estado,

Já com os olhos abertos porem opacos.

Estarei no sono sem sonho nas fundas dimensões

Presa, sem fé,sem esperança,sem ações

Sob as luas tímidas que incidem na penumbra dos buracos.

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 29/07/2012
Código do texto: T3803266
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