Soneto das Lagrimas
Por todas as lagrimas, eu agradeço.
Das de sofrimentos, às contentamentos.
Cada qual, deram o seu tempero.
Elas deveras, me lapidaram inteiro.
E eu que era bruto, fui esculpido.
Tecido, sobre os prantos da vida.
E ela sem lagrimas? o que seria?
Desconheceria o mal e o bem.
Confesso, que foram as dolorosas,
Aquelas que me fizeram crescer.
Tanto sofri, que aprendi a viver.
Hoje é tanto, que admiro o sofrer.
E se não fossem as de alegria?
Como seria amargo viver!