DORES MORTAS
Ah, Dores!... Que me vestem tão pesado
Por dentro, esses meus erros do passado;
Deixem este ser ao menos respirar,
Sem engolir o ar do pecado a matar...,
...O eu tão lentamente, assim, por tal pena!
A minha vida ali jaz tão pequena,
Que o meu coração já não mais entendo,
Nesta carcaça em vida apodrecendo!
Que tu deste destino não conviva!
Eu nada mais encontro que me aviva,
Não viverei pra quem deixo saudade!
Pois, se glória é a vida sem ter morte,
Não culpes a alma, o nosso passaporte;
Que nos reserva para a eternidade!