ETERNAMENTE
Cortado o peito que na dor se acaba,
E lavado por lágrimas sentidas,
Procuro curar as minhas feridas,
Da difícil saudade que desaba!
Do amor inseparável prometido,
Que nesta tua morte me enterrasse,
Eu pediria ao tempo que voltasse,
E antes então - ter eu de ti partido!
Não só por Deus eu vivo, pois aceito;
Mas, nada mais tem nesta vida - a graça,
Que era o teu corpo e o teu sorriso belo.
Aqui eu fiquei cadáver não desfeito,
Mas, nunca escondo na face - a desgraça,
Que eternamente desta morte eu velo!