AR DESOLADOR
Silêncio nos solos santos,campos tombados,
Na paz autoritária os mortos aguardam o juízo,
Silencio inviolável não se ouve choro, ou riso,
Meditação infinda nos corpos minguados.
O sossego intrigante aos campos são reservados,
O rio que corta suas terras tem prejuízo
Não frisa sem vento, é detido no leito, liso
Sem as borbulhas sob os céus nublados.
Não há existência, aparição de pessoa
Entre das lápides nenhuma voz ressoa
Nas travessas estreitas dos imutáveis impérios.
Velam a paz as estatuas projetadas de mármores
Debruçadas nas lapides à sombras das árvores
Mais submissas que os mortos ao ar desolador dos cemitérios.