AR DESOLADOR

Silêncio nos solos santos,campos tombados,

Na paz autoritária os mortos aguardam o juízo,

Silencio inviolável não se ouve choro, ou riso,

Meditação infinda nos corpos minguados.

O sossego intrigante aos campos são reservados,

O rio que corta suas terras tem prejuízo

Não frisa sem vento, é detido no leito, liso

Sem as borbulhas sob os céus nublados.

Não há existência, aparição de pessoa

Entre das lápides nenhuma voz ressoa

Nas travessas estreitas dos imutáveis impérios.

Velam a paz as estatuas projetadas de mármores

Debruçadas nas lapides à sombras das árvores

Mais submissas que os mortos ao ar desolador dos cemitérios.

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 15/07/2012
Reeditado em 15/07/2012
Código do texto: T3779306
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