CANTO DA SEREIA
Passou-se o amor, enfim! Pulses sincera!
No meu peito jaz rios de amor...
No amor me jaz rios de temor!
O meu sonho em desejos se altera...
O meu peito alucina e te venera
muito além da saudade em minha dor...
No sorriso em teu lábio tanto ardor,
no meu peito de amor uma cratera!
Sim! Te amo, senhora, amiúde...
Te amar, sei, não é uma virtude...
No meu medo há um fogo que vagueia!
No silêncio da minha escuridade
morre o gesto em teu peito de inverdade
do engano em teu canto de sereia!