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INVERNO

Odir Milanez
 
 
O Inverso me assiste em verde espaço,
petrificado e triste como o Outono;
o braço acalentando o outro braço,
agasalhando as ânsias do abandono.
 

Pousado em pedestal de um branco baço,
parece ser da relva o próprio dono,
contando o chão, pedaço por pedaço,
calando as contas quando chega o sono!
 

O Inverno me contempla pensativo,
das sombras de um sombreiro que o venera,
talvez interessado no motivo

 
por que vivo de sonhos e quimera,
como se fosse Outono, por que vivo
a vigília da volta à Primavera!
 

 
JPessoa/PB
13.07.2012
oklima
 
 
 
oklima
Enviado por oklima em 14/07/2012
Código do texto: T3777837
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