SOMBRIA
Triste é vê-la assim falida,
Tímida,calada,sem expressão,
Condenada a essa injusta prisão
Que lhe toma o hálito da vida.
Triste é não vê-la depois de sua partida,
Para um zona profunda, de ilusão,
Repleto de bruma,de escuridão,
Que não permite uma nova subida.
Triste é vê-la assim decadente,tão sombria,
Agarrada pela morte com sua sinistra fimbria,
Que absorve,óh flor pantanosa,a sua seiva.
Triste é vê-la,minha sombria moça,
Com os olhos oceânicos condenados a poça,
E a delicada face deformada por funda eiva.