SOMBRIA

Triste é vê-la assim falida,

Tímida,calada,sem expressão,

Condenada a essa injusta prisão

Que lhe toma o hálito da vida.

Triste é não vê-la depois de sua partida,

Para um zona profunda, de ilusão,

Repleto de bruma,de escuridão,

Que não permite uma nova subida.

Triste é vê-la assim decadente,tão sombria,

Agarrada pela morte com sua sinistra fimbria,

Que absorve,óh flor pantanosa,a sua seiva.

Triste é vê-la,minha sombria moça,

Com os olhos oceânicos condenados a poça,

E a delicada face deformada por funda eiva.

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 10/07/2012
Reeditado em 22/11/2012
Código do texto: T3770319
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