Fim da vida
O fim da vida é a perda da batalha
O sopro essencial foge da narina
Dizem que segue para a fonte divina
E ao pó retorna a carne canalha.
O corpo é envolto por lençol de mortalha
Com Vista para a lúgubre colina,
Quem morre tem uma estranha sina,
Inércia , porque no pó não se trabalha.
O novo mundo é um mar de finados filhos,
De lírios murchos que perderam os seus brilhos,
Das gaseificadas, putrefatas epidermes,
Entre os grãos grossos e finos de poeira
Dormem os inválidos na cama dura de madeira
Corroídos, minguados pelos vorazes vermes.