ADMIRAÇÃO
Quando os olhos meus tão pecaminosos,
Do teu íntimo doce, o corpo despir;
É um frasco de perfume pra mim se abrir,
Perdendo-me nos teus cheiros gostosos!
Com uma pele rosa e tão macia,
Fêmea que me consome e já me atiça;
É gata que ao meu toque se espreguiça,
Com seu morno calor que delicia.
Vejo-me a devorar-lhe admirando,
Domado em pensamento e loucura,
Enlevado num prazer infinito!
É assim que eu sigo sempre te amando,
Sem imaginar do teu amor lonjura,
Deste sonho real e tão bonito!