TU (DEFUNTO)
Não sei se já pensaste em ti: deitado,
Vestido como fosses p´ra uma festa.
Co´ alguns parentes te afagando a testa
E outros rezando para ti: finado.
... Um odor nauseante a sala infesta,
De vela, em castiçais, em cada lado
Do teu caixão, de flores enfeitado.
E tu, ali, que a nada mais se presta.
E logo chega a derradeira hora
De te levarem para o teu jazigo.
E com pesar alguém lamenta e chora.
Em prantos também sente o teu amigo.
Mas (como os convidados) vai embora,
Não desejando mais ficar contigo
Não sei se já pensaste em ti: deitado,
Vestido como fosses p´ra uma festa.
Co´ alguns parentes te afagando a testa
E outros rezando para ti: finado.
... Um odor nauseante a sala infesta,
De vela, em castiçais, em cada lado
Do teu caixão, de flores enfeitado.
E tu, ali, que a nada mais se presta.
E logo chega a derradeira hora
De te levarem para o teu jazigo.
E com pesar alguém lamenta e chora.
Em prantos também sente o teu amigo.
Mas (como os convidados) vai embora,
Não desejando mais ficar contigo