TARDE FRIA
Odir Milanez
Era final de tarde. Tarde fria.
Teu corpo eu maculava em meio ao trigo.
Soluçavas baixinho e eu sorria
pra não chorar também junto contigo.
Ao teu pranto silente eu só dizia
que terias em mim um grande amigo.
Sabias ser mentira, e eu sabia
que um grande amor deixava ao desabrigo.
Foi a última tarde em que te vi.
Em terras d’além mar, mais desenganos,
mais amores fugazes, que esqueci.
Agora, quando estou de volta aqui,
do passado vencido pelos planos,
lembro da tarde fria o frenesi!
Passeio entre os trigais. Quão desumanos
meus passos, que perderam-me de ti!
JPessoa/PB
30.06.2012
oklima
Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos d'amor...
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