A NEGRA ALCINDA Odir Milanez Não era, na verdade, prostituta a negra Alcinda, linda cor vizinha. Cozinheira e babá, às vezes tinha uns desvios modestos de conduta. Quando os patrões cuidavam da labuta, ao muro fronteiriço ela nos vinha, à criança escolhida dava linha e levava pro quarto, onde era puta. Negra Alcinda, de dentes tão perfeitos a lhe sorrir riquezas, mesmo pobre, do primo coito fez-me um dos eleitos. Hoje, sendo perito no ato nobre, sempre sinto saudade de seus peitos, do seu ventre sem pelos, cor de cobre! JPessoa/PB 24.06.2012 oklima
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