Marcas
Nas noites de tristezas, venta o pranto,
E as sombras do destino revirado,
Descortinam o sentir, alimentado
Em sonhos de prazer e desencanto.
Em um vento qualquer, temível, santo,
Balanço as emoções de ter jurado
Por aquela que amei e fui amado,
E jamais hei de ver no mesmo espanto.
Quando a morte do amor nos transfigura
Sem saber que a florada se perdeu
Entre as mãos que o destino não segura.
É que sinto o maior do maior laço:
– Viver o que minh´alma não viveu.
– Morrer na vastidão do seu abraço.