Lascivas Sidéreas
Hastes de rubros, horas-merencória,
a gota desejosa, os linhos quentes.
É o éter, é desejo. Cruz da inglória
a ambrosia de beber-te nos ardentes.
Ó carne do febril! de tormentória!;
mortiça nos delírios inocentes.
Ó volúpias anil! neve marmórea!,
vem beijar os cinéreos indecentes.
As bocas, as espumas, as estrelas,
o frenesi celeste de antevê-las
num gozo soluçado de Nirvana.
Trançando o flutuar dos corpos rudes,
o orgasmo de esgotar infinitudes,
e o vagido eternal que soberana