DAS FLORES DE CRAVO

Incide a triste data,perfumam os cravos,

No sitio das quentes lágrimas serosas,

Perfumam muito,escondem as rosas,

Quando morte cobra da vida seus escravos.

São invisíveis nos jardins com seus tons bravos

Em meio aos gêneros de flores formosas,

Os cravos trazem impressões perigosas,

Que nos lembram da morte e seus conchavos.

Flores indigentes são símbolos de decadência

Dos mortos velados na mais pura paciência,

Os cravos são negros dos brancos aos vermelhos.

Que culpa tem os gráceis cravos à margem da cova,

Se são carpidos e suas vidas também colocadas a prova?

São apenas flores condenadas a serem da morte,tristes espelhos.

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 17/06/2012
Código do texto: T3728975
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