VIDA VAZIA Odir Milanez
Mais uma tarde estática. Sozinho,
acompanho das aves revoejos. De minha musa ausente do carinho, deliro as delusões dos meus desejos! Deitávamos da praia num cantinho onde o mar noitecia rumorejos. Em sua boca doce, o sal marinho dava um gosto gostoso aos nossos beijos! Mas um inverno averno e temerário, e um vento avesso ao viço, fugidio, levaram minha musa a mundo vário! Enquanto o mar marulha, feio e frio, eu assisto, em circúnvago cenário, essa vida sem vida, esse vazio... Tal qual uma cigarra em triste estio, canto ao caos o meu canto solitário! JPesoa/PB 16.06.2012 oklima
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