Pantera
As feras do destino, da pantera
Que alegre ri de ti, então condena
O orvalho que chorou por trás da cena
Por aquilo que a vida te dissera.
Retempera-te, a vida só acena
Quando a alma em si mesma já pondera
O corpo da ilusão que diz ser fera
Quando o brado em viver nos apequena.
Olha, já vem sorrindo o infinito
Desencastela o peito ao vasto grito
E ponha no oceano o tour da fé.
Que o pranto desta noite, nunca mais
Venha em garras verter florões de ais
Quando a alma sentir o que se É.