Horas Vazias
Desde quando meu canto entristeceu,
Tanto tempo... já tanto se passou;
E, nas horas vazias que se passam,
Lembranças me transportam donde'stou;
P'ra quando eram alegres e sem breu;
Os meus dias... mas tudo já passou;
E, nas horas vazias que se passam,
Eu retorno e lamento o que mudou.
O tempo, inexorável, sempre avança,
Mas minha mente, turva em nostalgia,
Não mensura, no tempo, a travessia.
Ah! quiçá não me perca nas mudanças;
Se eu passar a contar o tempo em danos,
Pois posso os danos já contar em anos.