DEVANEIO

Oh que visão!... Oh que visão!... Oh que assombro!

Vi-te toda prosa, leve, andando na rua,

Os cabelos longos e negros caídos no ombro;

Fantasiei ver-te no banho totalmente nua!

Acompanhei com a vista teu requebrado:

Sumiu, linda, morena; tão instável como a lua,

Bela imagem no cérebro agora guardo;

À tona trarei, quando sentir saudades tua.

Às vezes imaginoso, por nada, à toa,

Paro com o olhar perdido, fico sonhando:

Vejo a roupa colar, molhada pela garoa,

Mostrar os teus contornos; uma transparência...

Quanto mais penso, mais a roupa vai colando,

Até chegar suave... Levemente a indecência!

Zé Salvador
Enviado por Zé Salvador em 04/02/2007
Código do texto: T368770
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