Inverno

O inverno sopra o branco sóbrio,

A vida exuberante caduca,

Os galhos das arvores se abraçam, como se nunca

Fossem se libertar do halito frio.

A força do vento muda a partir de Abril,

Jogam os cabelos para frente,desnuda a nuca,

O sol apaga o fogo cedo, como se nunca

Fosse acender seu gigantesco pavio.

As nuvens brancas são arrastadas submissas,

Abundando o céu estrelado das santas missas,

Celebradas pelas noites de nevoeiros incensos.

No desvendar tardio das alvoradas,

O sol decadente, não declina da paisagem as lágrimas congeladas

E o inverno condena a vida à morte por três meses imensos.

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 24/05/2012
Código do texto: T3686032
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