Inverno
O inverno sopra o branco sóbrio,
A vida exuberante caduca,
Os galhos das arvores se abraçam, como se nunca
Fossem se libertar do halito frio.
A força do vento muda a partir de Abril,
Jogam os cabelos para frente,desnuda a nuca,
O sol apaga o fogo cedo, como se nunca
Fosse acender seu gigantesco pavio.
As nuvens brancas são arrastadas submissas,
Abundando o céu estrelado das santas missas,
Celebradas pelas noites de nevoeiros incensos.
No desvendar tardio das alvoradas,
O sol decadente, não declina da paisagem as lágrimas congeladas
E o inverno condena a vida à morte por três meses imensos.