Ninfa dourada
Óh,morte por que não me atinge com sua flecha?
Para que eu possa rever a ninfa dourada,
Cativa no vale da noite,estrela de sol abismada,
Em que o chuveiro gotejador de raio luminoso se fecha.
Entre os espinhentos arbustos, abra uma brecha,
Mesmo uma passagem apertada,
Para que escorra esta alma desesperada
Por tocar na jovem extinguida,apenas uma mecha
Dos racemosos, dourados cabelos,
Vida,me fleche! Morte se feche!Estenda o seu selo,
Fazendo no corpo deprimido um invólucro,
Que se separa da alma com sombra sonífera,
Permitindo que se desça as raízes da fissura mortífera,
Conduzentes à garganta do faminto sepulcro.