"APÓLOGO: O MARTELO E O PREGO" (I)
“-Tu me bates sem cansar, sem dó nem piedade.
Tua covardia deve ser por puro ciúme.
Não sei o que se passa, daí o meu queixume,
Pois procuro uma resposta para essa atrocidade!”
“-Não te queixes demais. Tu sabes o meu motivo.
Quanto mais reclamares, serei mais impiedoso.
Tua cabeça não é oca, disto sou consciencioso,
Por isso, faça ela te mostra a razão, meu motivo!...”
Conversa vai... Conversa vem... E não há pausa:
O martelo sobe e desce; o prego se enterrando.
Na madeira, vai pouco a pouco penetrando.
De repente, num estalo, o prego volta à causa:
“-Já entendi tua dor nas pancadas que me dás,
Tua revolta é que eu viajo, e tu ficas para trás!...”
(ARO. 2005)
“-Tu me bates sem cansar, sem dó nem piedade.
Tua covardia deve ser por puro ciúme.
Não sei o que se passa, daí o meu queixume,
Pois procuro uma resposta para essa atrocidade!”
“-Não te queixes demais. Tu sabes o meu motivo.
Quanto mais reclamares, serei mais impiedoso.
Tua cabeça não é oca, disto sou consciencioso,
Por isso, faça ela te mostra a razão, meu motivo!...”
Conversa vai... Conversa vem... E não há pausa:
O martelo sobe e desce; o prego se enterrando.
Na madeira, vai pouco a pouco penetrando.
De repente, num estalo, o prego volta à causa:
“-Já entendi tua dor nas pancadas que me dás,
Tua revolta é que eu viajo, e tu ficas para trás!...”
(ARO. 2005)