Lua negra.

Delicada forma desanimada,

Com lábio frígido cor vinho,

Sobre o tecido pesado de linho,

Repousa musa alva apagada.

Alma indefesa conquistada,

Por trevas eternas no caminho,

Que crescem raízes ao ninho,

Ao Corpo alvo da finada.

Em morte ainda é formosa,

Pois as curvas da moça nua,

É astro negro com nebulosa,

Que dispersa calma ao fim rua,

Sem a luz p da musa brilhosa,

Reduzida a lua negra, negra lua.

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 15/05/2012
Reeditado em 16/02/2014
Código do texto: T3668865
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