Lua negra.
Delicada forma desanimada,
Com lábio frígido cor vinho,
Sobre o tecido pesado de linho,
Repousa musa alva apagada.
Alma indefesa conquistada,
Por trevas eternas no caminho,
Que crescem raízes ao ninho,
Ao Corpo alvo da finada.
Em morte ainda é formosa,
Pois as curvas da moça nua,
É astro negro com nebulosa,
Que dispersa calma ao fim rua,
Sem a luz p da musa brilhosa,
Reduzida a lua negra, negra lua.