O Cisne
Tão belo o entardecer,
Próximo a margem do rio,
Ver o silvo triste do morrer,
Do cisne cândido e esguio
De sua cantilena de adeus
Dobra-ter a nota no banjo
Serei pela fé rei dos ateus
No sepultar do morto anjo
E este cisne que implora,
Arfar aos lábios o cântico,
Pelo sangue a Deus chora
Um enlevo tão romântico
O canto da morte é doce,
Desbota o semblante feliz,
Em morte ria-te em pose
Está e a vida que eu quis!