O Cisne

Tão belo o entardecer,

Próximo a margem do rio,

Ver o silvo triste do morrer,

Do cisne cândido e esguio

De sua cantilena de adeus

Dobra-ter a nota no banjo

Serei pela fé rei dos ateus

No sepultar do morto anjo

E este cisne que implora,

Arfar aos lábios o cântico,

Pelo sangue a Deus chora

Um enlevo tão romântico

O canto da morte é doce,

Desbota o semblante feliz,

Em morte ria-te em pose

Está e a vida que eu quis!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 13/05/2012
Código do texto: T3666247
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