TRANSBORDANDO SAUDADES
Sorrindo vou ao jardim desta ternura,
Que a inventar - assim tanto preciso!
Lembrando ilusões por tal ventura,
Qual fora, dentro se faz um abrigo...,
...Desta paixão que no peito se vive,
Ainda que apenas na saudade!
Sei que na alegria eu mesmo tive,
Também por desengano a verdade...,
...Doída em nosso passado tão belo,
Que neste meu soneto te recordo!
É a prova de que em nós existiu um elo...,
...E deste amor querido não acordo,
Pelo não querer simples e singelo,
Que do sofrido eu, sempre me transbordo!