Da flor nevada

Quero dos meus olhos derramar

Toda a tristeza de amar a distância,

Saudade e fraqueza em alternância

Quero derramar.

Me jogar num pranto de mar

Abdicar do falso sorrir

Parcialmente a me possuir

E que a vida obriga a se acostumar.

Quero a dor se rompendo a pele,

Sentir a frustração e medo,

Quero que meu sentimento de perda se revele.

Morrer como flor nevada no gelo,

Que o grão da Iris expele,

Na falta de sol porque as densas nuvens estão a rete-lo.

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 25/04/2012
Reeditado em 27/04/2012
Código do texto: T3632346
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