Da flor nevada
Quero dos meus olhos derramar
Toda a tristeza de amar a distância,
Saudade e fraqueza em alternância
Quero derramar.
Me jogar num pranto de mar
Abdicar do falso sorrir
Parcialmente a me possuir
E que a vida obriga a se acostumar.
Quero a dor se rompendo a pele,
Sentir a frustração e medo,
Quero que meu sentimento de perda se revele.
Morrer como flor nevada no gelo,
Que o grão da Iris expele,
Na falta de sol porque as densas nuvens estão a rete-lo.