Do amor esquecido
Preciso descer os montes,
Deitar os pés de nuvens na planície,
Regar sua desconhecida superfície,
Por meus olhos tristes de fontes.
Preciso avançar os horizontes,
Maquiados por flores enrubescidas
Que seguem destemidas
Seus caminhos até por debaixo das pontes.
Preciso esquecer o amor que me esquece,
Prende no topo da depressão
Com ar gelado que perece
E queima nas narinas, a respiração.
Ó,amor de voz sem prece
De embaçados olhos e solitária devoção.