Da solidão que goteja
A solidão poe a alma à prova,
Traz a dor que devora
Nas madrugadas que o vento grita e chora
E remove a terra para abrir o caminho da cova.
Escrevo soneto e não trova
A solidão é tão grande que não se troveja
Precisa que quatorze versos porque goteja
Dentro da alma de sentimento triste que não renova.
A solidão assombra com goteiras
Tem Barulho pequeno,
Impacto forte cai e deixa as almas prisioneiras.
Molha nas madrugadas de sereno,
Causam silencio e cegueiras,
Ao gotejar na alma que não existe dreno.