Da solidão que goteja

A solidão poe a alma à prova,

Traz a dor que devora

Nas madrugadas que o vento grita e chora

E remove a terra para abrir o caminho da cova.

Escrevo soneto e não trova

A solidão é tão grande que não se troveja

Precisa que quatorze versos porque goteja

Dentro da alma de sentimento triste que não renova.

A solidão assombra com goteiras

Tem Barulho pequeno,

Impacto forte cai e deixa as almas prisioneiras.

Molha nas madrugadas de sereno,

Causam silencio e cegueiras,

Ao gotejar na alma que não existe dreno.

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 23/04/2012
Reeditado em 01/05/2012
Código do texto: T3628391
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