DUELO DE TEMPESTADES
Dentro do meu peito arde a tua ausência,
É pesar, a rodear-me embravecida;
Formando esta nuvem tão enegrecida,
A chorar tempestade em clemência.
Lá fora - o tempo em remorso desaba,
Da terra que: Num destoo se agride,
Sem saber que de ti é o mesmo revide,
Por levar tal dor que nunca se acaba.
Ó Deus!... Defenda-me desta penúria,
Que o desgosto em mesma ira, sinto e vejo!
Os dois céus em desencanto e fúria...!
Que o tempo leve a reza - e tu o meu beijo,
Se tu ó Deus aceitar sem injúria,
Que hoje eu morra num relampejo...!!!