Soneto do amor inoportuno.

Selam-se as veias da razão

Ai,Amor inoportuno,

Bate nas portas do noturno

Da quase extinta dimensão.

Finjo não sentir com tamanha precisão

Que pareço não mais amar

A lua que tento nas águas afogar

Para salvar- me das bocas que nos infligem a exceção.

Minha fantasia, não chefio,

Mãos ferventes, seladas,

Peles não acanhadas,

Destituídas do tímido arrepio.

Ai, veias da razão seladas

Por que é imposto ao amor o desafio

De amar em noites sombrias,culpadas e veladas?

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 20/04/2012
Reeditado em 19/05/2012
Código do texto: T3623160
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