Lembrança

Depois que o tempo passa,

Vem a lembrança,

Mas morre a esperança

De ter jamais o que não se alcança.

Chega a velhice quebra a carapaça

A vida dança frágil

O dia passa ágil

E percebe-se que a juventude escapou com a fumaça.

Na velhice a vida se limita,

A busca de reviver um passado

Que o senil corpo não imita.

Toda a vida confronta com o único neurônio preservado

Hora surge a produto, brilhando como pepita

Depois apaga no vago, como se nunca tivesse sido fabricado.

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 19/04/2012
Reeditado em 19/04/2012
Código do texto: T3621310
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