Lembrança
Depois que o tempo passa,
Vem a lembrança,
Mas morre a esperança
De ter jamais o que não se alcança.
Chega a velhice quebra a carapaça
A vida dança frágil
O dia passa ágil
E percebe-se que a juventude escapou com a fumaça.
Na velhice a vida se limita,
A busca de reviver um passado
Que o senil corpo não imita.
Toda a vida confronta com o único neurônio preservado
Hora surge a produto, brilhando como pepita
Depois apaga no vago, como se nunca tivesse sido fabricado.