O astro da noite.

O astro da noite perde o brilho,

Opaca nas incertezas,

Cala diante das tristezas,

Caí morto nas veredas de escuro ladrilho.

É nomeado pela noite, filho,

Mas ainda sim nos dias de ventos parcimoniosos

Seu pó desliza pela abertura dos portões brumosos

Que guardam a plantação de milho.

Emurchece todo o encanto,

O céu desiste, o crepúsculo paralisa

E se dobra incapaz no sombrio canto.

Do astro lúcido a noite precisa,

Padece sem vaga-lume sob o negro manto,

Chora inconformada quando a luz no céu, agoniza.

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 15/04/2012
Código do texto: T3613971
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