O astro da noite.
O astro da noite perde o brilho,
Opaca nas incertezas,
Cala diante das tristezas,
Caí morto nas veredas de escuro ladrilho.
É nomeado pela noite, filho,
Mas ainda sim nos dias de ventos parcimoniosos
Seu pó desliza pela abertura dos portões brumosos
Que guardam a plantação de milho.
Emurchece todo o encanto,
O céu desiste, o crepúsculo paralisa
E se dobra incapaz no sombrio canto.
Do astro lúcido a noite precisa,
Padece sem vaga-lume sob o negro manto,
Chora inconformada quando a luz no céu, agoniza.