Soneto da decepção.
A decepção no território da alma encalha.
Terra dolorida
Por poucos, percebida.
Não faz da pétala da rosa, toalha.
A decepção tem hora marcada, não falha
Com ela a flor desvanece,
Sem créditos jamais floresce,
Murcha e transforma-se em seca palha.
Aporta no interior desta desmerecida,
Neblina a alma à noite e assopra durante o dia
Para a remota zona desconhecida.
O pedido de perdão não alivia,
A dor que se enterra na zona não mais aquecida,
Vendando os olhos da maravilha que antes no peito, vivia.