Soneto da decepção.

A decepção no território da alma encalha.

Terra dolorida

Por poucos, percebida.

Não faz da pétala da rosa, toalha.

A decepção tem hora marcada, não falha

Com ela a flor desvanece,

Sem créditos jamais floresce,

Murcha e transforma-se em seca palha.

Aporta no interior desta desmerecida,

Neblina a alma à noite e assopra durante o dia

Para a remota zona desconhecida.

O pedido de perdão não alivia,

A dor que se enterra na zona não mais aquecida,

Vendando os olhos da maravilha que antes no peito, vivia.

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 15/04/2012
Reeditado em 15/04/2012
Código do texto: T3613686
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