HUMANIDADE

Ele, um dia, amargou o fel do pranto,

pois feriu-se nas garras da arrogância;

desferiu, de revide, em ódio tanto,

munições de feroz intolerância.

Mas havia o poder do encantamento.

Possuía, guardado em sua essência,

um par de asas voejando ao firmamento

da mais plena leveza da consciência.

Descobriu que em seu âmago tirano

flutuavam as penas da emoção,

que leniam o seu agir minaz.

Ele assim, descobriu-se ser humano,

com plumagens no plúmbeo coração,

que podiam erguer seu peso à paz.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 11/04/2012
Código do texto: T3605952
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