A GARÇA
Bela ave, brancas plumas ante o lago,
Maravilho-me ao vê-la em minha frente,
Com seu olhar ligeiramente vago;
Dá-me a impressão de estar por ora ausente.
Eu, da sua elegância me embriago,
E espreito sua espreita, e de repente;
A mais bela escultura deste lago,
Golpeia na água a presa displicente,
Que em seu bico debate-se indefesa,
Num instante a ave engole-a, e então me deixa
Boquiaberto com toda essa destreza.
Como que satisfeita alça-se em vôo,
No ar a migratória garça bate
As asas, como adeus, e eu não perdôo.
(Luiz Moraes)
Grato, belíssima interação:
A GARÇA
Passeia mansa e bela sobre o lago
Numa mistura de silêncio e graça
Com suas plumas brancas e olhar vago
Rufla suas asas lindamente a garça.
Eu, como que envolvido nesse afago
De lago, céu, ave que voa e passa
No idílio também voo pleno e largo
Na imagem dessa dessa ave que me enlaça.
Com outras garças de igual beleza
Migrando no horizonte, leve e pura
Brancura pintando o anil do céu
Em êxtase contemplo sua leveza
Na revoada, as alvas criaturas
Sonhando-me nesse pálio dossel.
(Nina Costa)
Bela ave, brancas plumas ante o lago,
Maravilho-me ao vê-la em minha frente,
Com seu olhar ligeiramente vago;
Dá-me a impressão de estar por ora ausente.
Eu, da sua elegância me embriago,
E espreito sua espreita, e de repente;
A mais bela escultura deste lago,
Golpeia na água a presa displicente,
Que em seu bico debate-se indefesa,
Num instante a ave engole-a, e então me deixa
Boquiaberto com toda essa destreza.
Como que satisfeita alça-se em vôo,
No ar a migratória garça bate
As asas, como adeus, e eu não perdôo.
(Luiz Moraes)
Grato, belíssima interação:
A GARÇA
Passeia mansa e bela sobre o lago
Numa mistura de silêncio e graça
Com suas plumas brancas e olhar vago
Rufla suas asas lindamente a garça.
Eu, como que envolvido nesse afago
De lago, céu, ave que voa e passa
No idílio também voo pleno e largo
Na imagem dessa dessa ave que me enlaça.
Com outras garças de igual beleza
Migrando no horizonte, leve e pura
Brancura pintando o anil do céu
Em êxtase contemplo sua leveza
Na revoada, as alvas criaturas
Sonhando-me nesse pálio dossel.
(Nina Costa)