NUNCA MAIS... NUNCA!
Odir Milanez
Quantas ondas gigantes sua proa
rompeu, em meio a tetros temporais
ou, sem velames, navegou à toa
por mares adversos, abissais!
Quantas vezes, por uma só pessoa,
mareou maremotos colossais,
ranhou dos arrecifes na coroa,
voltando presto aos pórticos do cais!
Mas seu casco, cansado do transporto,
fê-lo ferruginoso, uma espelunca,
de um couraçado fez um monstro morto!
E o velho barco, de carcaça adunca,
segue chorando as chagas,preso ao porto:
“Nunca mais, nunca mais, nunca mais, nunca!”
JPessoa/PB
08.04.2012
oklima
Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e o versa versos d'amor...
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