TORMENTA
Minhas árvores, tristes, perderam as folhas...
Meu canteiro viçoso tomado por pragas...
A secura dos ares quebrou minhas vagas...
E meus pássaros mortos expostos em bolhas...
Esperança na essência em manentes encolhas...
Minha força e coragem queimaram-se em chagas...
Ao reagir e insistir, traspassaram-me adagas...
E remorsos surraram as minhas escolhas...
E afoguei-me nos ácidos frios da ausência!
Eu berrando e bebendo a nefanda dolência...
Consumindo-me os nervos, a vida sumiu!
Eu perdi meu sentido, meu rumo, meu tudo,
quando tu me traíste e arrancaste-me o escudo...
Quando o amor escorreu-se de mim. E caiu.