MEU MAIS BELO SONETO (Republicado)

E se me não fosse dada essa luz,

Que, dos teus olhos, sempre se irradia,

Como fazer, da vida, poesia,

Ou descrever o bem que me conduz

A sempre ver, no renascer do dia,

Algo de novo, a tornar leve a cruz

Que me imponha o fado (e me não pus)

A lamentar, pois não me valeria

Deixar a minha vida ao alvedrio

Do tal acaso, que nem sei se existe?

Antes eu busco, neste imenso amor,

Dar ao futuro incerto nova cor

E dedicar-te, não um verso triste,

Mas o soneto mais belo que crio.

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 03/04/2012
Reeditado em 03/04/2012
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