MEU MAIS BELO SONETO (Republicado)
E se me não fosse dada essa luz,
Que, dos teus olhos, sempre se irradia,
Como fazer, da vida, poesia,
Ou descrever o bem que me conduz
A sempre ver, no renascer do dia,
Algo de novo, a tornar leve a cruz
Que me imponha o fado (e me não pus)
A lamentar, pois não me valeria
Deixar a minha vida ao alvedrio
Do tal acaso, que nem sei se existe?
Antes eu busco, neste imenso amor,
Dar ao futuro incerto nova cor
E dedicar-te, não um verso triste,
Mas o soneto mais belo que crio.