FANTASIA

Achei uma estrelinha, à noite, em meu quintal;

piscava ainda aturdida atrás do limoeiro.

Caíra sem querer do céu universal;

ninguém havia ali, fui eu que a vi primeiro.

Seria um meteorito ou algo mais normal?

Não há como fazer um astro prisioneiro...

Contatos imediatos de terceiro grau;

estava bem ali, tão perto e por inteiro.

E então em um segundo a peça cintilou

– as cores que explodiu! – foi uma coisa louca...

faíscas a dançar encheram meu espaço.

Achei-me pequenina e, em meu tamanho escasso,

não conseguia achar a voz em minha boca

e, antes que eu falasse, a luz se evaporou.

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