Numa casa, num quarto, num armário.
Numa casa, num quarto, num armário.
Um espelho reflete a face escura
Na luz que brilha, um brilho relicário,
Que luz o inanimado em vida pura.
Seres fantásticos de mundos vagos,
Alados, com seus sonhos e segredos,
Que loucamente absorvo em grandes tragos,
Abrem em minha porta tantos medos...
Pois sinto todos os sabores, como
Todas as melodias do silente
Luminoso das luzes dos objetos,
Toco com os meus olhos o meu tomo,
E tenho medo, porque fico em frente
A todos os planetas mais secretos.