Soneto para tristeza

Tristeza, por que faz em mim abrigo?

Atinge a alma em suas esfumaçadas estruturas

Deixa-me eclodir em negras aberturas

Se a ti eu não persigo.

Porque faz isso comigo?

Se o abracei naquela manhã com tamanha candura

e ele se despediu de forma tão dura

Levando a aleluia consigo.

Tristeza, não basta eu estar só

Precisa amarrar a alma

Como um cego nó?

Siga seu melancólico caminho

Já perdi o amor que tinha,

não faça na esfumaçada alma, seu ninho.

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 26/03/2012
Reeditado em 27/03/2012
Código do texto: T3577720
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