Soneto para tristeza
Tristeza, por que faz em mim abrigo?
Atinge a alma em suas esfumaçadas estruturas
Deixa-me eclodir em negras aberturas
Se a ti eu não persigo.
Porque faz isso comigo?
Se o abracei naquela manhã com tamanha candura
e ele se despediu de forma tão dura
Levando a aleluia consigo.
Tristeza, não basta eu estar só
Precisa amarrar a alma
Como um cego nó?
Siga seu melancólico caminho
Já perdi o amor que tinha,
não faça na esfumaçada alma, seu ninho.