DILEMA
Ora, mas que confusa decisão!
Alma pena, se arrasta, dá até dó
Iludido ainda sonha o coração
C’o amor que foi embora; deu um nó.
Ressentida ela chora a deserção
Não sabe o que fazer, está tão só
Ao contrário ele crê na reversão
Humilha-se, papel faz de bocó.
Mal sabe não tem volta desta vez
Mas ama e por amar vive a ilusão
De um dia reviver seu grande amor.
Ela por vê-lo assim se vira em três
Tenta salvá-lo desta ingratidão
Mesmo que para tanto haja dor.