SOMOS PURA MORTE
Foi assim que lastimei uma amizade
Que me foi tirada por uma doença
Não livrou-se dessa vil sentença,
Sim, foi ceifada, uma fatalidade.
Um bom amigo já na eternidade,
E mesmo a morte que não pede licença,
Não poderá apagar a tal presença
Que marcou em nós essa saudade.
Agora choro e sei também que um dia
Alguém, por mim, irá chorar;
Mesmo por pura teimosia.
Na vida somos pura morte,
Mesmo que em vida a contemplar
A desventura muito mais que a tal da sorte.
(YEHORAM)